Hildebrando Alves, pai de Dinho, vocalista do grupo Mamonas Assassinas, vai entrar com um processo por danos morais ainda esta semana, em Brasília, contra o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias na Câmara Federal, o pastor e deputado federal Marcos Feliciano (PSC-SP).
A ação é consequência das declarações de Feliciano, durante um culto, no qual afirmou que Deus teria matado os cantores, após declarações de afronta a Deus.
A ação é consequência das declarações de Feliciano, durante um culto, no qual afirmou que Deus teria matado os cantores, após declarações de afronta a Deus.
- Como o deputado tem foro privilegiado, vou entrar com uma ação diretamente em Brasília, junto ao advogado da nossa família. Não adiantaria eu tentar processá-lo aqui por São Paulo.
Em vídeo, gravado em 1996 e divulgado recentemente na internet, o deputado afirmou que a morte de Dinho e dos outros integrantes do grupo Mamonas Assassinas foi causada por “ira divina”:
“O avião estava no céu, região do ministro do juízo de Deus, lá na serra da Cantareira. Ao invés de virar para um lado, o manche tocou para o outro. O anjo pôs o dedo no manche, e Deus fulminou aqueles que tentaram colocar palavras torpes na boca das nossas crianças.”, disse o pastor.
- O que aconteceu foi uma fatalidade. Deus não mata ninguém assim. Deus é amor. – afirmou Hildebrando.
No vídeo, Feliciano diz ainda que Dinho era da Assembleia de Deus e que se vendeu ao Diabo por fama. O pai do vocalista contestou a declaração e afirmou que o filho pouco frequentava a igreja e que, durante a infância, visitou alguns cultos com a mãe.
- Eu tomei conhecimento das declarações do pastor pelos jornais de São Paulo. Ele (Feliciano) disse besteiras. Eu nem quis ver o vídeo. Eu vou processá-lo, de qualquer forma – concluiu Hildebrando.
Todos os integrantes da banda Mamonas Assassinas, de Guarulhos, morreram em março de 1996, quando o jatinho em que viajavam colidiu com a Serra da Cantareira.
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